A FDC e os novos desafios na educação executiva

A FDC – Fundação Dom Cabral figura entre as melhores escolas de negócios do mundo, sendo a melhor da América Latina, segundo ranking do jornal britânico Financial Times (https://www.ft.com). A educação executiva é um mercado gigantesco, que movimentou em 2019 algo em torno de US$ 2 bilhões, e vinha numa curva ascendente de crescimento.

Apesar de atraente, os desafios deste mercado são enormes, principalmente em razão da acirrada concorrência. Instituições de ensino tradicionais e de grande prestígio oferecem cursos internacionais nas mais variadas áreas de gestão de empresas, além de oferecerem também programas específicos para uma determinada indústria ou campo de atuação (saúde, tecnologia, gestão pública, etc.). A oferta de novos cursos, e a atualização constante no currículo dos já existentes, ocorrem numa velocidade estonteante. Tudo para atender às dinâmicas demandas do mercado de trabalho executivo, e responder aos anseios do seu público-alvo.

Educação Executiva
A educação executiva é um mercado relevante, girando US$ 20 bilhões anualmente

A Educação Executiva e o e-learning: os desafios para a FDC

Se os desafios já se mostravam difíceis de serem superados para as Instituições de Ensino, foram exponencialmente aumentados em virtude da covid-19. A Educação de um modo geral, e a Educação Executiva em especial, talvez figure entre as categorias de negócios mais afetadas pela pandemia. Até porque o público-alvo, em razão da inevitável onda de desemprego e recessão que se avizinham, será drasticamente reduzido, reduzindo-se também, por consequência, de maneira drástica, a demanda por este serviço.

A tecnologia já vinha transformando o mercado da Educação de modo bastante intenso nos últimos anos. Em 2019, segundo o Global Market Insights, o mercado de e-learning movimentou US$ 200 bilhões (https://www.gminsights.com/industry-analysis/elearning-market-size) mundialmente. E projeta um crescimento médio de 8% ao ano até 2026, quando deve atingir US$ 375 bilhões em vendas globais. E a explicação para este crescimento não está apenas na comodidade do ensino à distância: está também numa oferta de uma variedade de cursos que, além de não demandarem a presença física do aluno na instituição de ensino, também suprem anseios mais próximos à realidade da vida das pessoas. Isso ocorre em vários aspectos: menos tempo de dedicação, temas mais específicos e práticos para serem traduzidos em ação, custos menores, flexibilidade das plataformas, dentre outras.

Uma confirmação neste sentido foi matéria publicada no jornal Valor Econômico em sua edição de 14/05/20, intitulada “O que os brasileiros querem aprender na quarentena” (https://valor.globo.com/carreira/noticia/2020/05/14/o-que-os-brasileiros-querem-aprender-na-quarentena.ghtml). No artigo, a Udemy – maior plataforma de cursos virtuais do mundo – relata que a procura por cursos on-line disparou na quarentena, ressaltando que a procura por conhecimento rápido virou febre em todos os países. As vendas da plataforma saltaram 425% globalmente neste período, sendo que no Brasil o aumento foi de 95%. Por aqui, os cursos mais demandados foram os que ensinam a fazer marketing pelo Instagram. Na Alemanha, a demanda foi por ensinamentos de como fazer marketing digital; na França, mercado financeiro; no Canadá, mercado de ações; no México, análise financeira.

Financial Times online

No caso da educação executiva, segundo o Financial Times, as escolas esperam uma queda acentuada nas receitas em 2020. Elas vinham em ritmo crescente de negócios até 2019, em muito devido a oferta de programas a distância voltados para alunos com pouco tempo livre para estudar. A Wharton Executive Education, uma das maiores provedoras de ensino executivo presencial e a distância do mundo, se adaptou com o desenvolvimento de novos programas de liderança, com o objetivo explícito de ensinar como administrar numa pandemia. Esta rápida adaptação teve como base sua vasta experiência na oferta de programas on-line nos últimos 5 anos.

A Educação Executiva, a FDC e as escolas brasileiras

Num excelente exemplo brasileiro, a ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing (https://www.espm.br) agiu velozmente e lançou uma série de programas on-line (sendo alguns conteúdos oferecidos gratuitamente), já adaptados a esta nova realidade. Oferece o Live EAD: cursos gratuitos e rápidos por webconferência, além de conteúdos audiovisuais exclusivos também gratuitos. E o aluno interessado, também de graça, pode participar de debates online com a presença de professores da escola. A ESPM consegue, com isso, usar todo o potencial de sua Marca e reputação, e gerar relevância com muita consistência para atender as demandas de uma nova realidade.

A FDC é uma instituição em nível de qualidade internacional, como atesta sua figuração, já há muitos anos, entre as primeiras escolas executivas no ranking do Financial Times. Por trás deste fato, há muito investimento no aprimoramento constante dos cursos e programas oferecidos, nas mais diversas áreas de negócios, além de um processo de internacionalização iniciado há muitos anos, e já consolidado.

Posso atestar a qualidade de classe mundial da FDC, por ter com ela uma relação de muito tempo, tanto na condição de aluno em diversos e variados programas, e também como professor convidado. Trata-se de uma instituição da qual todos os brasileiros devemos nos orgulhar, pela sua projeção internacional. Em mais de 40 anos de existência, atuou em nível de excelência no desenvolvimento de executivos, empresas, empresários, gestores públicos. São cerca de 27 mil executivos treinados anualmente (https://www.fdc.org.br/sobreafdc).

A questão que se coloca é que os desafios agora enfrentados pela instituição, potencializados pela pandemia da covid-19, não são nada desprezíveis. E exigem uma resposta rápida, sob pena de uma perda de relevância cuja reversão irá demandar muito tempo.

A boa notícia é que a FDC possui uma Marca já consolidada como referência no mercado. Trata-se de uma excelente base para o lançamento de novas iniciativas.